Resumo:
Artur Mateus nasceu em Figueiró dos Vinhos no dia 14 de julho de 1924. Nesta entrevista fala da sua infância, da escola e das brincadeiras de criança. Lembra um episódio que passou com o Mestre Malhoa e descreve o seu percurso profissional como empregado de balcão, guarda-livros e, mais tarde, contabilista. Trabalhou primeiro na “Loja dos Mesquitas” (uma antiga mercearia que, entre muitos produtos, vendia louças, vidros, manteiga e pão), depois na Sociedade de Lanifícios e por fim na Santa Casa.
Através do discurso de Artur ficamos a conhecer alguns pormenores do quotidiano de Figueiró dos Vinhos entre as décadas 30 e 90 do século XX, nomeadamente a rotina de um armazém de lanifícios, o modo com esta atividade floresceu e terminou e o trabalho dos vendedores ambulantes. Percebemos como era o ambiente da vila, com as suas pensões, mercearias e tabernas. Artur recorda ainda alguns episódios de festa e outros de tristeza, como o incêndio que deflagrou em 1961 e destruiu as povoações de Casalinho e Vale do Rio.