Este romance, publicado em 1941 é um dos primeiros que se insere no movimento neorrealista português. A obra narra, ficcionalmente, a vida de cinco crianças que, nas margens dos esteiros do Rio Tejo, fabricam peças de barro nos telhais para sobreviverem, revelando em vários momentos uma contraposição definitiva entre ricos e pobres. A história desses cinco meninos que trabalham em vez de ir à escola tece o enredo da obra-prima de Soeiro Pereira Gomes. A miséria retratada em "Esteiros" é muito mais do que ficção, é a realidade de um país pobre, sem esperança, onde mais de metade da população não sabia ler nem escrever."Para os filhos dos homens que nunca foram meninos", foi a dedicatória deste romance "Esteiros".